Revivalismos II
Não consigo deixar a onda revivalista e perdoem-me os restantes leitores, mas esta segunda parte é dedicada ao pessoal da margem Sul (Fat props pró pessoal)...
Como o Carnaval está à porta, e enquanto uns e outros não se revelam, tenho me recordado daquilo a que vou designar por batalhas campais, sim porque no fundo eram o que eram. Quem estudou nas Escolas Secundárias Anselmo de Andrade, Emídio Navarro ou de Cacilhas (no concelho de Almada), sabe do que estou a falar. Por alturas do Carnaval, vários (resmas!) alunos de cada escola organizavam-se, tipo romaria, e percorriam a cidade em bandos, até à escola mais próxima, formavam uma barricada nos portões e atacavam alunos e professores com balões de água e tudo o mais que encontrassem pelo caminho. Normalmente, a luta era quase sempre entre a Anselmo e a Emídio (choque de titãs), mas volta e meia as três escolas juntavam-se para “atacar” o Frei Luís de Sousa (o colégio dos betinhos). Claro que eles nem tinham a mínima hipótese...
Era o terror, a polícia tinha sempre que intervir e a chatice maior, era quando o Conselho Executivo da minha escola (a Anselmo) fechava as torneiras, aí acabava-se o tão famigerado direito à resposta. Numa dessas batalhas, já andava eu no 12.º ano (portanto, uma sénior), fui apanhada na casa de banho, segundo o Conselho Executivo, em práticas menos próprias para uma aluna do 12.º, que devia dar o exemplo aos mais novos (portanto a encher balões!). Os mais novos eram o Vasquinho (please, eu ao pé dele era uma saint), o Lourenço e mais uns quantos, que agora não me recordo o nome. Bom, resumindo, suspensão, dois dias em casa e ainda uma ensaboadela sobre mau comportamento!!! Deixei a minha marca...era sanguita (termo angolano que o meu pai utilizava e que no fundo significava marginalzinha da treta, ou seja a menina betinha que volta e meia tem surtos de rebeldia), pelo menos uma vez por ano .
Mas nem todo o ano estas escolas andavam de “costas voltadas”, quando eram as festas o cenário mudava radicalmente. Amigos como sempre, aliás porque era impossível perder estas festas, especialmente as da Emídio (onde estudavam os bonzões!). No início, as festas eram à tarde depois passaram a ser à noite. Alternativamente, e quando não havia festa, lá íamos nós para as matinés da discoteca Visage (na Costa). A loucura...sempre bué da povo, muita animação e também volta e meia cenas de pancadaria à porta (por causa de rivalidades), mas o pessoal não ligava, queríamos é dançar, dar uns melos e pronto! Quando dava o Kiss do Prince era a loucura...tudo a fazer o movimento sexy...Lindo!
5 Comentários:
E o que dizer das eternas batalhas épicas entre António Arroianos e Camonianos? Decerto ombreariam com as tuas da margem sul; bons tempos, grandes recordações...As invasões ao Diário de Notícias para garantir a foto-reportagem do desfile de Carnaval pela Avenida da Liberdade, com a consequente ida á esquadra do campo das flores (A Terrivél), as batalhas contra a ciganada (no minimo) da Curraleira...
Agora? Agora são só meninos de catequese que nem uma estalada podem levar dos professores.
Mas o beijo continua o beijo, valha-nos isso,
Bom ano para todas,
Desmascaradamente,
Tirano de Siracusa
Desmascaradamente e eu sempre a investigar. Cá em casa também tenho uma Antónia Arroiana, vou questioná-la, embora não esteja muito convencida. Margem Sul rules!
O pessoal das artes é sempre muito aéreo...
E a célebre manifestação contra a PGA, um pretexto para emborcar uns copitos e fugir da polícia?
De facto, agora parece que não há pica...
Kisses
Gaija...o que tu me fizeste lembrar... Como esquecer os anos dourados do Mira..Meu Deus
Aquele Visage era do melhor...Entravas e os beijinhos só acabavam horas depois, conhecíamos toda a gente e, apesar de acabar sempre em porrada, era sempre a p... da loucura. Tens razão os jovens de hoje não sabem o que é sentir verdadeiramente o vibe!
Citando uma miratejense: back in the days...the old school ruled! Mira Forever!
Podes tirar a pessoa do bairro mas nunca tiras o bairro da pessoa...
Shocking! Always!
Deusa, :)))) Um big smile para ti
This is for my people, my party people
This is for my people, my ecstacy people
C'mon, c'mon, get down, get, get on down
C'mon, c'mon, get down, get, get on down
This is for my people, my party people
This is for my people, my ecstasy people
C'mon, c'mon, get down, get on down
C'mon, c'mon, get down, get, get on down
Faltava aqui o contributo da vivência - nessa mesma altura - mas no Einterior Desquecido e Ostracizado... Cá vai:
No Sardoal só há uma escola, ou seja, se queres andar à porrada com gajos de outra escola, tens que te deslocar 15 Km. Como tal, o pessoal arranjava-se com o que tinha: porrada entre nós próprios!!! (é mais ou menos a mesma origem da consanguinidade, mas em vez de sexo com a irmã, era porrada com o colega de turma).
Como o meu mundo era mais pequeno, a bófia nunca aparecia, o que resultava num verdadeiro Texas... Os baloes de água foram proibidos, mas nunca ninguém os deixou de mandar... E se viesse a polícia, ainda se molhavam...LOL...
A diversão mais usual era então arranjar dois ou três coitados para levarem porrada. De seus nomes: Xêdia, Fole (diminutivo de foleiro) e mais uns quantos.
O Xêdia era 1 bacano, meu amigo. Protegia-o sempre que podia (ou seja, quando n levava nos c*rn*s por isso...), mas o Fole, esse dava-me gozo ve-lo a ser desancado. Ele merecia.
Depois há sempre os mauzões da escola... Actualmente estão todos na merda, o que me alegra...! Eh eh!!!
(depois continuo, agora deu-me a fome)
FIQUEM BEM!!! Besos!
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