À espera que aconteça...

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

A solo ou nao solo...eis a questão...

Sei que tenho estado um pouco ausente do “ninho” e não sei se têm saudades minhas ou não, mas não podia deixar de dizer algo. Depois de um fim-de-semana, diria, histórico, como foi o do referendo sobre a despenalização do aborto, passei o dia dos namorados a trabalhar já que caiu num dia de semana. Mas tive a surpresa agradável de ser convidada para almoçar pelo meu namorado sem nada previamente planeado. É a segunda vez que passo o dia dos namorados “acompanhada” (entenda-se com namorado) e o mais curioso é que a primeira vez foi com a mesma pessoa mas há 10 anos atrás. Tive algumas relações pelo meio. E por uma razão ou por outra fiquei sempre sozinha (entenda-se sem namorado) no dia dos namorados. Não é vergonha estar sozinha. Considero-me uma mulher suficientemente inteligente e sensual para atrair os homens quando quero. Já aconteceu ter relações que foram apenas sexo. E essas aconteceram porque aconteceram e a base da sua existência era apenas e unicamente…sexo. E não as escondo de ninguém nem me envergonho ou me arrependo delas. Fazem parte das minhas experiências de vida tivessem elas sido boas ou más. Mas sempre procurei mais. E acho que todos nós passamos a vida toda a procurar alguma coisa. E senti-me muitas vezes só. Confesso-o. Não me envergonho de o dizer. Senti-me muitas vezes frustrada. Ansiosa. Pessimista. Insegura, até. Esta coisa da independência é muito engraçada mas nunca parei de procurar…não pelos outros mas por mim. Por isso como poderão compreender, este ano o dia dos namorados teve um significado especial para mim. Será que há uma “definição” de amor? Não sei definir amor. Não sei se amor será tudo aquilo que o Miguel Esteves Cardoso diz mas este sentimento que eu sinto hoje sobreviveu a 10 anos de separação por razões que ainda hoje persistem mas que desta vez não vamos fugir delas. Será isto amor? Não sei…se amor é respeito pelo espaço e ideias um do outro, a partilha dos problemas e das coisas boas, o aceitar as diferenças um do outro, o olhar que nos diz mais que mil palavras, a intimidade sem vergonha e sem tabus, o beijo e o toque sempre como se fossem o primeiro…então o que eu sinto é amor. Mas não parei de procurar. A procura é constante. Procuro estar com os meus amigos. Procuro ir ver aquele filme que tanto gostava de ver. Procuro a casa ideal. Procuro viajar. Procuro conhecer lugares e novas pessoas. Procuro ficar em casa no meu sofá. Procuro ouvir aquela música que eu gosto tanto. Enfim…isto parece tudo muito lamechas, muito Paulo Coelho mas a verdade é que nada pode ser dado como garantido e por isso passamos a vida a procurar alguma coisa…seja do lá o que for…e não temos que nos sentir menos por nunca estarmos satisfeitos e querermos sempre mais e melhor mesmo quando achamos que já encontrámos algumas das coisas que procuramos. Há um mundo de coisas por encontrar…

4 Comentários:

Blogger a gaija trendy disse...

Até que enfim dás o ar da tua graça...sempre em sintonia...hum que posso dizer? Muitos parabéns, uma relação como a vossa e que resiste às contrariedades da vida e do tempo...só pode ser o "amori".

Porque eu acredito, brindo ao amor nas suas mais variadas formas...

Amo-te amiga!

segunda-feira, fevereiro 19, 2007  
Blogger Efigénia disse...

Desculpa a ausência mas mesmo assim sempre em sintonia ;-)

I love you too Amiga!

segunda-feira, fevereiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo disse...

Compreendo-te bem. E, como dizia o escritor : O homem é o ilimitado do seu caminhar. E tudo aquilo em que se vai realizando é só expediente para ir havendo caminho.
E uma pergunta, se quiseres responder: o que investigas no teu mestrado?

sábado, fevereiro 24, 2007  
Blogger Efigénia disse...

Com certeza que posso dizer o que estou a investigar no meu mestrado.
Existe tecnologia e conhecimento resultantes de actividades de Investigação e Desenvolvimento (I&D) nas universidades e laboratórios de estado que são valorizados ao serem postos à disposição do mercado através da criação de novas empresas. Estas empresas têm como base uma forte componente tecnológica e um elevado capital humano ou seja com pessoas altamente qualificadas. O meu estudo consiste em estudar a evolução, processos de formação e impacto económico destas novas empresas nos últimos 20 anos. Quando tanto se fala em empreendedorismo, inovação e que as universidades estão um pouco desfasadas do mundo real talvez consiga provar que estas estão cada vez mais dinâmicas e cada vez mais interessadas em valorizar os seus resultados de I&D e que há uma cada vez maior preocupação do Estado em apoiar estas iniciativas com programas de incentivos e financiamento. Este fenómeno tem suscitado cada vez mais interesse noutros países tendo como exemplo mais conhecido o Silicon Valley. No fundo tento mostrar que o nosso cantinho à beira mar plantado tem potencial para ser um país empreendedor com o "fazer" e "pensar" português e nalguns sectores do conhecimento competir com os maiores.

Bem-vindo ao nosso blog

domingo, fevereiro 25, 2007  

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