À espera que aconteça...

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

A solo...

Sexta-feira passada passei o serão com uma amiga que, por contrariedades da vida, estava “enclausurada” na sua própria casa. Foi um daqueles serões de gaijas, a falar sobre tudo e sobre nada…
Uma dos temas falados, foi o facto da maioria das pessoas que ela conhece (amigos e familiares) não acreditarem que ela se separou do marido para ficar sozinha. Comigo aconteceu o mesmo, quando terminei o meu relacionamento com o E., montes de pessoas perguntaram-me “existe outra pessoa, não é?”. Não, não é...

Mas será que é assim tão inconcebível a ideia de que as pessoas se podem separar porque algo na relação não está bem, porque já não se sentem confortáveis, ou simplesmente porque o amor acabou, e não necessariamente porque se arranjou outro alguém?
“Não, não há outra pessoa, sinto me bem com a decisão tomada, não estou abatida, nem deprimida, fiz o meu luto e agora quero sair, divertir-me, estar com e/ou conhecer pessoal e…quiçá…ui…a loucura…dar umas esfregas”. E heis que alguém nos aponta o dedo, “não pensas formar uma família, ter filhos? não achas que já tens idade para ter juízo?”.

Sei que é um tema já um pouco batido, mas porque é que se um homem come montes de gaijas é o maior e uma mulher que ainda está a pensar em comer, já está a ser apelidada de puta (e não me venham falar em questões biológicas…). Ou então, se for uma gaija, assim mais pró recatada, é apelidada de solteirona (num tom altamente prejurativo!), “ninguém te vai querer, olha que vais ficar para tia, blá blá…”.

A propósito do dia dos namorados, voltei a reflectir sobre este mesmo tema. Em 31 anos de vida, apenas estive acompanhada 3 (entenda-se com um par, em relação dita estável). Não sou um caso isolado, conheço montes de casos, de gaijas giras, inteligentes, independentes, bem resolvidas, que estão sozinhas. Sozinhas, mas não sós e essa é que é a grande diferença. Gaijas que em dado momento se recusaram a ficar mal numa relação, só por medo de ficarem sozinhas, ou por causa do dedo da sociedade. Gaijas à espera do amor, sim porque estas gaijas não são amargas, nem estão contra os homens, mas também não estão a contar os dias no calendário ou a ouvir os tics-tacs dos seus relógios biológicos. Serenamente à espera, umas mais activas, outras mais passivas...

Ontem, fui festejar o dia de São Valentim com uma amiga, um passeio, um jantar e até mesmo uma troca de prendas simbólica. Aos olhos dos outros, se calhar fomos apelidadas de lésbicas ou de casal alternativo, mas não. Ontem, fomos apenas duas amigas que, contra todas as probabilidades, resolveram sair juntas, que não ignoraram a data ou fingiram não saber do que se tratava e que simplesmente se recusaram a ficar em casa de pijaminha, a “rezar” para que o dia terminasse depressa.

3 Comentários:

Blogger tiagugrilu disse...

Duas coisas:

1 - Não ligues

2 - Eu namoro e não festejo o dia dos namorados. Por sistema. Vá, uma queca especial ainda vai...

LOL

:)

Keep it real

sexta-feira, fevereiro 16, 2007  
Blogger a gaija trendy disse...

Always Grilinho...

:-) Thanks

sexta-feira, fevereiro 16, 2007  
Blogger a gaija trendy disse...

Ah,

Acabei de ver que já temos link no teu blog e o Tirano também...está fixe

Gracias

P.s. tens uma resposta no blog do Tirano

sexta-feira, fevereiro 16, 2007  

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