À espera que aconteça...

segunda-feira, julho 21, 2008

Voodoo People

Por onde começar? Se calhar nem a organização esperava lotação esgotada para o 2.º dia do Festival Marés Vivas, daí talvez a inexplicável fila de kms para entrar no recinto. É que por momentos temi que a viagem até ao Porto se tivesse revelado em vão. Já se ouviam os primeiros acordes de Tricky lá dentro e eu ainda estava cá fora, mas nada que uma certa esperteza saloia não resolvesse! Já lá dentro apercebi-me que a grande maioria das pessoas não estava muito interessada na actuação de Tricky, porque facilmente cheguei à fila da frente e pude contemplar o Senhor. E que dizer da actuação de Tricky? Segundo a Blitz, o concerto de Tricky foi uma realidade paralela. Presumo que os jornalistas credenciados tenham que utilizar certas figuras de estilo para embelezar a sua escrita e dar um certo élan aos concertos que observam. Mas todo o texto do jornalista da Blitz é um grande eufemismo. Porque quem esteve à frente como eu, viu que a tal realidade paralela de Tricky se chama branca ou cocaína (como preferirem). No início o aditivo até lhe deu força, Tricky entregou-se de corpo e alma ao microfone. O seu corpo franzino e o constante revirar de olhos, faziam-no parecer estar possuído por uma qualquer entidade, mas Tricky lutava e cantava com garra. O concerto do Coliseu já me parecia um horizonte longínquo, até ao momento em que o artista resolveu dar uma snifadela no produto. De costas para o público fez o serviço e pronto, a partir daí foi uma tristeza. Começou a fazer sinais que não conseguia cantar, a banda (fantástica) lá fez um longo instrumental. E Tricky, ainda de costas, parecia estar em todo o lado, menos no concerto, depois lá tentou cantar, mas já num tom afónico, em que mal se ouvia e completamente fora de tom. Espero que a minha memória seja curta, porque enquanto me lembrar disto, duvido que o volte a ver ao vivo.
Gosto dos concertos dos Da Weasel que antecedem bandas de "peso", aconteceu o mesmo no ano passado quando actuaram antes dos Beastie Boys, no Oeiras Alive, o reportório muda um pouco, para não dizer bastante, e não temos que levar com as ninas e com os bebés! Muito bom. Almada Cru esteve muito bem!
Mas a banda da noite foi mesmo os Prodigy. Foi por eles que a turba esperou, foi por eles que a turba enlouqueceu. É como se o tempo não tivesse passado, um pouco mais velhos (eles e nós), mas o mesmo frenesim. As pessoas abanavam-se desenfreadas criando um mosh gigantesco, não a aconselhável a meninos. Os Prodigy pediram para ver a poeira no ar e nós cumprimos, aliás fizemos tudo o que nos pediram! Bru-tal!

ass: gaija trendy

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