Museu Colecção Berardo - Os números

Eis que chegou o momento pelo qual eu mais esperei no curso livre de história de arte que estou a frequentar, a sessão dedicada à colecção de arte moderna e contemporânea do Museu Colecção Berardo. A abertura do museu, em Junho de 2007, foi envolta em muita polémica, principalmente quando se falou em números, os números chorudos do protocolo assinado entre Berardo e o Governo português - como a contribuição do Estado com uma verba anual de € 500 000 para a aquisição de novas obras de arte. No entanto, a colecção Berardo também se faz de outros números, esses sim bem mais interessantes para mim.
Avaliada pela leiloeira Christie’s em 316 milhões de euros, actualmente a colecção possui um acervo de 862 peças, com a inclusão de vários artistas de referência na arte moderna e contemporânea internacional, como Picasso, Francis Bacon, Andy Warhol, Miró e muitos outros. No inventário de 2006, no qual foram classificadas 734 peças, existiam 34 peças de artistas portugueses, considerados artistas de grande visibilidade internacional (Paula Rego, Pedro Cabrita Reis, ou Júlio Pomar...), a maioria delas já adquiridas nos anos 2000. Contudo, a primeira peça portuguesa que Berardo comprou foi nos anos 90, um quadro de Vieira da Silva, de 1948. Das 734 peças, 431 foram adquiridas em galerias e 170 em leilão. Destas últimas, 77 foram compradas logo em 1992, ano em que o Comendador iniciou o seu espólio artístico.
Polémicas à parte, vale a pena fazer uma visita ao Museu Colecção Berardo. E se as obras não forem motivação suficiente, posso dizer que a entrada no museu é gratuita até final de 2008 e que a sua proximidade com o Mosteiro dos Jerónimos possibilita fazer um passeio fantástico na zona de Belém e com uns pastéis à mistura, é do melhor!!!
A partir de 19 de Maio é inaugurada a exposição de Le Corbusier, mais um incentivo...

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