Paredes de Coura - parte I
Os anos já pesam um pouquito...sei que parece conversa de cota, mas é uma constatação óbvia após 5 dias de acampamento em Paredes de Coura. Já há alguns anos que não acampava num festival, aliás o Sudoeste foi o único festival onde acampei (nas minhas idas a Vilar de Mouros sempre fiquei instalada in doors), e de facto, constatei que passados alguns anos há coisas que nunca mudam! O que os organizadores normalmente designam por campismo oficial, gratuito para os detentores de pulseira, não é mais do que um espaço perdido, pouco preparado para receber multidões e onde as condições são exíguas, nomeadamente ao nível das instalações sanitárias. É que se no primeiro dia de festival uma ida à casa de banho se pode tornar um pouco desagradável, no último dia torna-se impraticável e caso de saúde pública e com cortes de água à mistura, é vê-la a boiar! Nunca achei que umas galochas e uma máscara de oxigénio me fizessem tanta falta! O que me leva à seguinte questão, mas em não sei quantos anos de festivais neste país, ainda não se aprendeu nada? Ainda não se conseguem dar mais condições aos festivaleiros? Pelos vistos não, mas culpa também é nossa, que não reclamamos e baixamos os braços a tudo (avante, que isto dava um outro post sobre a arte de ser português!). Não fosse uma tal de Mariazinha, que “cedeu” os seus terrenos em troca de uns euros, e ainda a esta hora andaríamos com a tenda ao ombro à procura de lugar. Pois, lá está outra coisa que não muda, independentemente do festival ser no Sul ou no Norte, a especulação imobiliária/hoteleira/gastronómica que se faz em torno dos festivais é transversal. Como se o festival fosse a panaceia para todos os males das terras pequenas, “há que explorar estes jovens”, um dia alguém se lembrou! Oh Mariazinha fica aqui uma dica, que tal pró ano instalares uns duches e umas sanitas pra malta? Sempre ganhas mais uns trocos e serás mais nobre nos teus intentos de fuga ao fisco! Mas nem tudo são agruras nos acampamentos dos festivais. O ambiente é super, há de facto um espírito de entre ajuda e conhece-se sempre pessoal fixe (com excepção dos mitrosos de Alfena!). Aproveito aqui para agradecer a nuestros hermanos a estacas que nos emprestaram para montar a nossa casita, um bem-haja para vocês. E agora um aparte, se dúvidas houvessem que a vida em Espanha é melhor, em Paredes de Coura ficou bem visível! Primeiro, o número de portugueses a acampar com carro era bastante inferior ao de espanhóis, inclusive nos terrenos da Mariazinha a língua oficial era o espanhol! Segundo, as matrículas espanholas eram mais recentes do que as nossas. Terceiro, o carregamento de toxinas dos espanhóis foi de tal ordem, que dava para animar a malta em n edições de Paredes de Coura. Se os geninhos de Odemira fossem para lá…ui... eram mais do que 1200 doses!
Mais coisas...Graças a São Pedro, o tempo esteve do nosso lado, só choveu até às 17h do 1.º dia de festival. A partir daí foi sempre a banhos na praia do Tabuão. Uma paisagem líndissima por sinal...
(Trendy em Paredes de Coura, não perca as cenas dos próximos episódios num post próximo de si!)
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