À espera que aconteça...

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Músicas do Pipi

Depois das músicas do mundo, das músicas para fazer meninos e das músicas para fazer strip, eis que surgem as músicas do pipi, ou do pirilau.

Ora, pois então, o que eu quero saber é qual a música que vos dá tesão (eles). A música que depois de ouvida vos faz pensar apetece-me ser f... (elas).

Toca a votar sem medos, anonimamente ou não, que depois da votação será feita uma compilação.

A regra é simples, basta que indiquem o intérprete e respectivo título da música (para os mais indecisos aceitarei duas músicas).

Para dar o exemplo, e após muita reflexão, estou pronta a dar a minha contribuição.

- Diana Ross, “Upside Down”

ass: gaija trendy

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Dia da Sedução

Segundo a Wikipédia, 23 de Fevereiro é o 54º dia do ano no calendário gregoriano. Faltam 311 para acabar o ano, mas o mais importante não é isso...É que hoje é o dia da sedução, pois é meus caros...Portanto, mãos à obra. Seduzam muito e mimem ainda mais!

Claro que este dia pode ser celebrado todos os dias, mas pronto hoje é especial. Escolham o alvo e apontem as vossas setas do amori, entrem no jogo!

Chuaca, beijos a todos

ass: gaija trendy

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

A solo ou nao solo...eis a questão...

Sei que tenho estado um pouco ausente do “ninho” e não sei se têm saudades minhas ou não, mas não podia deixar de dizer algo. Depois de um fim-de-semana, diria, histórico, como foi o do referendo sobre a despenalização do aborto, passei o dia dos namorados a trabalhar já que caiu num dia de semana. Mas tive a surpresa agradável de ser convidada para almoçar pelo meu namorado sem nada previamente planeado. É a segunda vez que passo o dia dos namorados “acompanhada” (entenda-se com namorado) e o mais curioso é que a primeira vez foi com a mesma pessoa mas há 10 anos atrás. Tive algumas relações pelo meio. E por uma razão ou por outra fiquei sempre sozinha (entenda-se sem namorado) no dia dos namorados. Não é vergonha estar sozinha. Considero-me uma mulher suficientemente inteligente e sensual para atrair os homens quando quero. Já aconteceu ter relações que foram apenas sexo. E essas aconteceram porque aconteceram e a base da sua existência era apenas e unicamente…sexo. E não as escondo de ninguém nem me envergonho ou me arrependo delas. Fazem parte das minhas experiências de vida tivessem elas sido boas ou más. Mas sempre procurei mais. E acho que todos nós passamos a vida toda a procurar alguma coisa. E senti-me muitas vezes só. Confesso-o. Não me envergonho de o dizer. Senti-me muitas vezes frustrada. Ansiosa. Pessimista. Insegura, até. Esta coisa da independência é muito engraçada mas nunca parei de procurar…não pelos outros mas por mim. Por isso como poderão compreender, este ano o dia dos namorados teve um significado especial para mim. Será que há uma “definição” de amor? Não sei definir amor. Não sei se amor será tudo aquilo que o Miguel Esteves Cardoso diz mas este sentimento que eu sinto hoje sobreviveu a 10 anos de separação por razões que ainda hoje persistem mas que desta vez não vamos fugir delas. Será isto amor? Não sei…se amor é respeito pelo espaço e ideias um do outro, a partilha dos problemas e das coisas boas, o aceitar as diferenças um do outro, o olhar que nos diz mais que mil palavras, a intimidade sem vergonha e sem tabus, o beijo e o toque sempre como se fossem o primeiro…então o que eu sinto é amor. Mas não parei de procurar. A procura é constante. Procuro estar com os meus amigos. Procuro ir ver aquele filme que tanto gostava de ver. Procuro a casa ideal. Procuro viajar. Procuro conhecer lugares e novas pessoas. Procuro ficar em casa no meu sofá. Procuro ouvir aquela música que eu gosto tanto. Enfim…isto parece tudo muito lamechas, muito Paulo Coelho mas a verdade é que nada pode ser dado como garantido e por isso passamos a vida a procurar alguma coisa…seja do lá o que for…e não temos que nos sentir menos por nunca estarmos satisfeitos e querermos sempre mais e melhor mesmo quando achamos que já encontrámos algumas das coisas que procuramos. Há um mundo de coisas por encontrar…

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

A solo...

Sexta-feira passada passei o serão com uma amiga que, por contrariedades da vida, estava “enclausurada” na sua própria casa. Foi um daqueles serões de gaijas, a falar sobre tudo e sobre nada…
Uma dos temas falados, foi o facto da maioria das pessoas que ela conhece (amigos e familiares) não acreditarem que ela se separou do marido para ficar sozinha. Comigo aconteceu o mesmo, quando terminei o meu relacionamento com o E., montes de pessoas perguntaram-me “existe outra pessoa, não é?”. Não, não é...

Mas será que é assim tão inconcebível a ideia de que as pessoas se podem separar porque algo na relação não está bem, porque já não se sentem confortáveis, ou simplesmente porque o amor acabou, e não necessariamente porque se arranjou outro alguém?
“Não, não há outra pessoa, sinto me bem com a decisão tomada, não estou abatida, nem deprimida, fiz o meu luto e agora quero sair, divertir-me, estar com e/ou conhecer pessoal e…quiçá…ui…a loucura…dar umas esfregas”. E heis que alguém nos aponta o dedo, “não pensas formar uma família, ter filhos? não achas que já tens idade para ter juízo?”.

Sei que é um tema já um pouco batido, mas porque é que se um homem come montes de gaijas é o maior e uma mulher que ainda está a pensar em comer, já está a ser apelidada de puta (e não me venham falar em questões biológicas…). Ou então, se for uma gaija, assim mais pró recatada, é apelidada de solteirona (num tom altamente prejurativo!), “ninguém te vai querer, olha que vais ficar para tia, blá blá…”.

A propósito do dia dos namorados, voltei a reflectir sobre este mesmo tema. Em 31 anos de vida, apenas estive acompanhada 3 (entenda-se com um par, em relação dita estável). Não sou um caso isolado, conheço montes de casos, de gaijas giras, inteligentes, independentes, bem resolvidas, que estão sozinhas. Sozinhas, mas não sós e essa é que é a grande diferença. Gaijas que em dado momento se recusaram a ficar mal numa relação, só por medo de ficarem sozinhas, ou por causa do dedo da sociedade. Gaijas à espera do amor, sim porque estas gaijas não são amargas, nem estão contra os homens, mas também não estão a contar os dias no calendário ou a ouvir os tics-tacs dos seus relógios biológicos. Serenamente à espera, umas mais activas, outras mais passivas...

Ontem, fui festejar o dia de São Valentim com uma amiga, um passeio, um jantar e até mesmo uma troca de prendas simbólica. Aos olhos dos outros, se calhar fomos apelidadas de lésbicas ou de casal alternativo, mas não. Ontem, fomos apenas duas amigas que, contra todas as probabilidades, resolveram sair juntas, que não ignoraram a data ou fingiram não saber do que se tratava e que simplesmente se recusaram a ficar em casa de pijaminha, a “rezar” para que o dia terminasse depressa.

Porque eu acredito...

Elogio ao Amor de Miguel Esteves Cardoso

"Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade.
Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão.
Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque se dão bem e não se chateiam muito.
Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama.
Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo".
O amor passou a ser possível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios.
Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões.
O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.
A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível.
O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje.Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do"tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona?
Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra.
O amor não é para ser uma ajudinha.
Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".
Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso.
Odeio os novos casalinhos.Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores.
O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.
Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo.
O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode.Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor.
A "vidinha" é uma convivência assassina.
O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino.
O amor puro é uma condição.Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima.
O amor não se percebe. Não dá para perceber.
O amor é um estado de quem se sente.
O amor é a nossa alma .É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.
O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal.Que se invente e minta e sonhe o que quiser.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida.
A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente.O coração guarda o que se nos escapa das mãos.
E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Do not go quietly unto your grave

Em homenagem ao meu primo Zé...

(H obrigada, sussurro, esta música assenta-lhe que nem uma "luva" )

ass: gaija trendy

Listen young people I'm 74
And I plan to live 60 or 70 more
I've been all around I've done a few things
And I spent a few nights on the floor oh
Did everything wrong but I never got caught
So of course I would do it all over again
I surprised many people who'd written me off
Years ago now they're way underground
Nobody asked me but here's my advice
To a young man or woman who's living this life
In a world gone to hell where nobody's safe
Do not go quietly unto your grave.
Learned a few tricks and I'll learn a few more
And I got enough bullets to fight a small war
Nobody asked me so here's my advice
To a young man or woman who's living this life
In a world gone to hell where nobody's safe
Do not go quietly unto your grave.

(Sandman, Morphine)

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Um gesto pelo nosso planeta

Acção contra as alterações climáticas - É hoje!

«No dia 1 de Fevereiro de 2007, participe na maior mobilização dos cidadãos contra as alterações climáticas! A Alliance pour la Planète (agrupamento de associações ambientais) lança um apelo simples a todos os cidadãos, 5 minutos de repouso para o planeta: toda a gente apaga as luzes no dia 1 de Fevereiro de 2007 entre as 19h55 e as 20h00 (entre as 18h55 e as 19h00, hora portuguesa).
Não se trata de economizar 5 minutos de electricidade apenas nesse dia, mas sim de chamar a atenção dos cidadãos, dos media e das instâncias de decisão para o esbanjamento de energia e para a urgência de passar à acção! Cinco minutos de repouso para o planeta: não toma muito tempo, não custa nada e mostrará aos candidatos às eleições legislativas francesas de Junho de 2007 que as alterações climáticas são um tema que deve pesar no debate político. Porquê no dia 1 de Fevereiro? Nesse dia sairá, em Paris, o novo relatório do Painel intergovernamental para as Alterações Climáticas sob a égide das Nações Unidas. Esse acontecimento terá lugar em Espanha e não devemos perder esta oportunidade de pôr em destaque a urgência da situação mundial em termos de clima. Se todos participarmos, esta acção terá um peso mediático e político real, alguns meses antes das eleições francesas!»

Contacto/ informação: Cyrielle ,
Les Amis de la Terre: +33 1 48 51 18 95.