Acordar com os pés de fora é uma expressão muito usada para definir aqueles dias em que se acorda com os azeites, com maus fígados, portanto…Eu até acordei bem, mas a sequência de episódios desorientou-me e deixou-me estonteada.
De manhã, análises ao sangue, jejum (que é uma daquelas coisas que eu detesto!). Chego à clínica, pedem-me o cartão da ADSE, ponho-o em cima do balcão. Ups, afinal não é o cartão da ADSE é o cartão de contribuinte, "boa!", peço desculpas e digo que o apresento depois. A recepcionista faz a conta e diz “15,64€”, só tenho 10€ Euros no bolso, “pago o resto depois, pode ser?” (a esta altura a rapariga já me revira os olhos...).
Last but not least, “trouxe a urina?”, e eu, “qual urina?” (a rapariga deve ter pensado, oh totó a do vizinho…duh). Passa-me um frasco mais estreito que uma moeda de 5 cêntimos, corro para a casa de banho, a esta altura penso para comigo, “tenho que tentar direccionar o chichi”…Situação resolvida. Avante…
Como me atraso, chego à estação tardíssimo, resultado? Tenho que deixar o carro a km’s de distância, sopro e já estou com aquele ar de enjoada, o quimbo está atrasado 3 minutos, “isto está bonito, está”. Encontro o Hugo, o que só pode mesmo significar que estou prá lá de atrasada…
Ao almoço, recebo um telefonema do meu querido banco, 1 mês depois de ter pedido a substituição do meu cartão MB, os Senhores lembram-se agora de me pedir 500 papéis, “ mas será, possível, a merda de tanto papel, para ter um cartão?”, a esta altura já estou a trepar às paredes, exijo falar com o gerente…Bah
Final de tarde, respiro e penso “agora isto vai”…De novo na estação, km’s e mais km’s, mas desta vez vou acompanhada com as amigas…lanchamos, “tudo no bom caminho”, penso. Deixo-as em casa e sigo para a minha. Estaciono, a porra das chaves caem, “onde estão? Ah, debaixo do carro do vizinho” (riso demente). “Fod…”, de joelhos na terra batida… Corro para a casa das cópias, o Senhor está mesmo a fechar a porta, peço desculpas e forço a minha entrada. Já lá dentro, apercebo-me de que afinal não posso tirar as ditas cópias, porque o exemplar tem montes de anotações. Com cara de caso, explico a situação e retiro-me de fininho. “Tenho que imprimir em casa…boa, não há papel”. Olho para o relógio e começo a fazer cálculos de cabeça, afinal hoje começam os Perdidos. Pego no tapete do yoga e lá vou eu. Saio da aula a correr, não sem antes ouvir um sermão do Professor (e agora tenho lá tempo para explicar a este Senhor que hoje começam os Perdidos e que ainda tenho que ir ao Fórum e blá blá e que não posso fazer 2 horas de prática). Sigo para o Centro Comercial, tudo cronometrado e demoro 10 minutos. “Yes”!
À noite, finalmente, sofá à vista…respiro, há dias assim…
ass: gaija trendy
p.s. (espero que a cama não tenha mudado de lugar...)